A ETAL surgiu da vontade de compartilhar uma assistência obstétrica humanizada associada com as terapias holística e integrativas, após experiências transformadoras vivenciadas por sua idealizadora Beatriz S. de Oliveira.
O movimento do parto humanizado é uma fragmentação do atendimento obstétrico que se tornou necessário devido uma predominância na assistência, muitas vezes inadequada, com altos índices de mortalidade materna, admissões em UTI neonatal, cesáreas desnecessárias e outros marcadores negativos da saúde obstétrica do país.
Mas para a ETAL a humanização é muito mais que isso, sobretudo é oferecer à mulher o parto que é de escolha dela, sempre orientando todas as possibilidades, consequências, riscos e agindo com prudência, mas proporcionando a ela a possibilidade de tomar posse do seu parto, suas escolhas, seu sentir e inclusive auxiliar na ascensão da consciência!
O Pré-natal terapêutico é um dos grandes diferenciais da ETAL. Tem como propósito, além da assistência obstétrica tradicional, ...(Ver +)
O serviço de Doula é um dos papéis fundamentais no parto humanizado, ela proporciona, junto à equipe, um suporte emocional, ...(Ver +)
O parto domiciliar é mais uma opção para se viver o parto humanizado, agora a mulher possui algumas possibilidades para aproveitar ...(Ver +)
O parto humanizado hospitalar é a opção ideal se a gestante deseja um parto normal digno, mas não se sente segura em vivenciar ...(Ver +)
Na gestação a mulher passa por diversos desconfortos, crises emocionais, dores nas costas, medos, preocupações, cansaço, dificuldade ...(Ver +)
Todos sabemos que o corpo da mulher tem por natureza gerar, acolher, proteger, nutrir e parir, faz parte de sua fisiologia; mas ...(Ver +)
Em breve estaremos disponibilizando!
Conheça os hospitais cadastratos para parto humanizado realizados pela ETAL.
Hospital São Luiz
Unid. Itaim - R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 95
(11) 3040-1100 Como Chegar
Hospital São Luiz
Unid. Anália Franco - R. Francisco Marengo, 1312
(11) 3386-1100 Como Chegar
Maternidade Pro Matre
R. São Carlos do Pinhal, 139
(11) 3269-3233 Como Chegar
Santa Joana
Hospital e Maternidade - Rua do Paraíso, 432
(11) 5080-6000 Como Chegar
Hospital Sepaco
Rua Vergueiro, 4210
(11) 2182-4444 Como Chegar
Hospital 6
R. Conselheiro Brotero, 1486
(11) 3821-5300 Como Chegar
Hospital Vitória
Av. Vereador Abel Ferreira, 1.900
(11) 3581-1000 Como Chegar
Hospital Israelita Albert Einstein
Unid. Morumbi - Av. Albert Einstein, 627
(11) 2151-1233 Como Chegar
Fique por dentro de todos as dicas, informações e eventos realizados na ETAL, PARTICIPE!
Terceiro Trimestre
Eu sempre imaginei que quando ficasse grávida ia comer que nem uma
draga, sempre amei comer, e acreditava que na gravidez ia ser o ápice de
liberdade e abundância dessa experiência, quanto mais melhor. E
sinceramente eu comi menos quando estava grávida do que habitualmente.
Acredito que achava isso por causa da gestação do meu irmão, minha mãe
comia tanto que de madrugada tomava 1 litro inteiro de leite achando que
melhorava a azia. Não foi assim comigo e leite me dava mais azia. Para não
dizer que sou exagerada minha alimentação foi razoável no segundo
trimestre, com direito a um vômito por semana ou mais, a parte boa é que no
meu aniversário comi o que queria, a ruim é que no fim da tarde eu vomitei.
Mas no terceiro trimestre além de vomitar passei a ter refluxo, eu que achava
que vomitar já era ruim, imagine dormir sentada para a comida não ficar
esquentando a garganta a noite toda, mesmo comendo bem antes de dormir.
Detalhe, eu não podia comer bem antes de dormir, porque aí acordava no meio
da noite com fome, tinha que comer novamente e ter mais refluxo ainda. Então
eu tinha que decidir, ter refluxo até metade da noite ou a noite inteira. Sem
contar a azia, caso demorasse muito pra comer, e se não suprisse a
necessidade, vômito.
Questões de estômago são sempre aceitação, e confesso que não
aceitei algumas coisas até hoje que aconteceram comigo pouco antes e nesse
período, mas gravida eu não tinha nenhum discernimento, eram todas as
emoções e pensamentos juntos, eu não conseguia ter visão de tudo, nem
opinião, só sentia. Me lembro bem um belo dia, tive vontade de comer sopa, fiz
uma caprichada, bem cheirosa, meu marido que nem é fã gostou, e aí comi
com aquela voracidade junto de dois pães, e antes de acabar a quantia que
tinha no prato corri para o banheiro pra vomitar tudo, nesse dia, além de chorar
eu fiz xixi nas calças também vomitando. Depois nem quis repetir, além da
vontade ter passado, fiquei meio deprimida. Eu cheguei à conclusão que
quando estamos grávidas não somos donas de nossos corpos, tudo que euamo comer
na gestação eu vomitava, como por exemplo sopa, pão de queijo e
suco natural, ainda bem que comida japonesa foi poupada; vai ver o Miguel
gosta também. Mas como já comentei tudo isso é limpeza, e nada afeta nem
deve afetar o vínculo e sentimento de amor pelo bebê, até porque não é
responsabilidade dele, é minha que atraí essas situações e também criei elas.
Ganhamos de duas tias ensaios fotográficos, e apesar de ser cansativo vale
muito a pena. Foram dois ensaios completamente distintos, e resultaram em
fotos maravilhosas e momentos extraordinários. Que bom que fizemos os
ensaios logo no início do terceiro trimestre, pois em torno de 33 semanas
passei a ter cólicas e contrações simultâneas, era muito cedo para isso, fiquei
com medo do parto antecipar e impedir ser domiciliar. É claro que assim que
comecei com essas sensações procurei a terapeuta, lembrando do que
aconteceu no primeiro trimestre, fiquei receosa de ainda não estar resolvido
(caso tenha curiosidade este capítulo também tem no blog). Mas
na verdade era uma outra questão do passado ao qual estava apegada e que
me impedia de receber meu filho como a mãe que ele merece. Na hora em que
a Katia Daher encontrou a trava e dissolveu eu danei a chorar, feito louca de
emoção, gratidão e felicidade, e senti uma dor aguda, bem aguda e suportável,
então ela começou a dizer "calma Beatriz, não é porque agora está preparada
para ser mãe, que o Miguel pode nascer, é muito cedo pra ele, ele tem que
ficar aí dentro ainda. Você está com pressa agora de conhecê-lo, mas não é o
melhor para ele. Desde este dia eu comecei a sentir cólica e contrações ao
mesmo tempo, acho que ele também estava com pressa de me conhecer, mas
todos os dias eu pedia a ele: filho ainda não está na hora de você vir, papai e
mamãe quer o nascimento mais tranquilo e seguro a você, mas se você
escolher vir será bem-vindo.
Aproximadamente de uma a duas semanas depois disto fui a uma aula
de dança do ventre, senti em um exercício ele encaixar na pelve, uma dor na
região e a cólica, então decidi repousar, para não correr risco de um trabalho
de parto prematuro. Nesse período houve uma aproximação maior ainda da
minha mãe, ainda bem! Ela ia fazer os afazeres em casa e cozinhar as vezes,
eu não conseguia cozinhar nem comer minha comida, passava mal ou não
sentia o sabor, é muito louco isso..Outro acontecimento é que meu
companheiro quebrou a mão, e passou grande parte do terceiro trimestre em
casa comigo, o que me ajudou muito também. Acredito que ficarmos os dois de
molho em casa foi necessário porque precisávamos lapidar melhor nosso
relacionamento antes da chegada do Miguel, quando ele decidiu vir tínhamos
quase três meses de relacionamento, ainda estávamos nos conhecendo, havia
e ainda há muito a se construir. Também aproveitamos este período para
organizar os preparativos e espera do bebê, como eu não podia fazer muitas
outras coisas, aproveitamos o tempo para lavar e passar as roupas do bebê, eu
passava sentada, arrumar as malas para os planos B e C, preparar decoração
e eu bordava também, confesso que ainda tenho peças que não bordei até
hoje, planejava fazer no pós-parto, mas quem disse que eu consegui.
Um assunto muito importante e relevante, quão é desconfortável essa
fase, pé inchado, calor, a barriga dificulta abaixar e fica sempre entre algo que
queira pegar, principalmente se for no alto, as emoções ficam a flor da pele, a
qualquer momento por qualquer motivo eu chorava, você tem que comer
sempre mas pouco, nenhuma roupa serve, as pernas latejam, o corpo dói,
respira com dificuldade, não há nada que eu conseguia fazer igual antes.
Dançar, eu amo dançar, eu simplesmente não conseguia na gestação, parecia
que o corpo impedia. Mas tudo isso vale a pena só por ver o bebê mexer e
soluçar, o dia que ele ficava quieto o tempo todo já ficava preocupada.
Como o estado emocional e a convivência do casal impactam no bebê,
se eu ficasse triste, nervosa, preocupada, qualquer emoção negativa o Miguel
quase não se movimentava, era só passar ele voltava a rotina dele, ele sempre
foi tranquilo, mas reativo tanto em nossa interação com ele como com aos
acontecimentos. Se nós dois brigássemos por qualquer coisa, ele ficava
quietinho e só voltava a mexer quando fazíamos as pazes e o pai falava com
ele. Ahhhh, sempre busquei respeitar a relação deles, não podemos jogar o
bebê conta o pai ou deixar ele sentir isso, sempre que algo entre eu e o papai
não estava bem eu conversava com o bebê: filho não é nada com você,
mamãe e papai te ama, está tudo bem. Isso por que o bebê não pode absorver
e nem sentir-se responsável pelos acontecimentos externos.
Em torno de 33 semanas fizemos um ultrassom que estimou que o peso
do Miguel estava em torno de 2.800kg, se essa estimativa estivesse certa e o
bebê ganhasse 300 gramas por semana quando eu estivesse com 38 semanas
já estaria com 4 quilos, e se ele ficasse grande demais? E se eu precisasse de
um hospital e o peso impedisse o parto? Como Nossa mente fica
potencialmente paranoica quando estamos gravidas, todas as crenças mais
negativas passam pela sua cabeça. Eu sinceramente fico mais crente que tudo
que passei na vida era para me preparar e treinar para a maternidade, e isso é
uma dádiva. Sabe o que você pode fazer para combater todas essas questões,
além da terapia, MEDITAR! Já afirmo para você não dizer e nem pensar que
não consegue ou não sabe meditar, dificilmente atingirá estado búdico na
gestação, digo isso pois passei bem longe disso, e olha que havia dias em que
eu meditava três vezes. Mas o exercício de buscar o silêncio da mente no
mínimo ajuda em diminuir o excesso de pensamentos, pessimismo, limpar
emoções negativas, acalmar, conectar você ao seu corpo e ao bebê, e muitos
outros benefícios.
Além disso ajuda a equilibrar a energia espiritual, e se você tiver com a
energia espiritual equilibrada há grande potencial de sonhar com o próprio
parto, quando finalmente sonhei com algo, eu me vi em trabalho de parto
agachando no quarto, as vezes pensava, será que não vai nascer em casa? Eu
não vi o bebê nascer. Muitas gestantes que eu acompanhei diziam que se viam
sozinhas no sonho de seus partos, eu até me preocupava, será que não vamos
conseguir chegar a tempo? Mas na verdade hoje entendo que o sonho é
sozinha porque o processo de parto é solitário, no sentido de ficarmos
introspectivas, focando nossa atenção em nós mesmas quando equilibradas,
mergulhadas em nossas emoções, medos, conflitos, pensamentos e etc.
Finalmente o parto está chegando e qualquer desconforto breve passará
e tudo isso faz sentido na expectativa de pegar esse ser que está no ventre no
colo. Fizemos uma nova ultrassom com 36 semanas e o bebê estima 3.880g,
de fato determinamos, com 38 semanas iniciaremos a indução não
medicamentosa. Vocês devem estar ansiosos para ler e confesso que ao
escrever esse texto também fiquei ansiosa pra contar.
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SEGUNDO TRIMESTRE
Imaginem a minha ansiedade para que chegasse o segundo trimestre, com tantos desconfortos no início da gravidez eu o aguardava igual noiva para o dia do casamento. Até porque segundo a didática e as pessoas todo o mal estar ia passar.
Então, quando todo o mal estar passou eu iniciei um processo de infecção respiratória, associada a questões emocionais do momento, pulmão é ligado a tristeza, e eu fiquei muiiiiiito triste por me decepcionar com uma amizade. Essa infecção num primeiro momento eu tratei com remédios naturais, mas que voltou posteriormente e tive que ir ao pronto socorro devido febre persistente e aceleração do coração do bebê. O mais relevante a vocês é que ao chegar ao hospital o termômetro eletrônico de testa acusou temperatura normal, eu tirei o termômetro da bolsa e estava com 39 graus, no consultório a médica não conseguiu auscultar meu bebê, e eu tinha mais de 17 semanas e havia auscultado em casa com o meu sonar, ela pegou o meu batimento e tentou me enrolar falando que o batimento nessa época era assim mesmo.
Ao retornar após os exames de sangue ela passou o antibiótico que eu deveria tomar em casa, e me liberou, detalhe não verificaram minha temperatura de novo antes de me mandar embora para ver se normalizou após a medicação. E eu fui embora porque estava desesperada para chegar em casa e eu mesma verificar o batimento do bebê que estava acelerado por causa da temperatura, eu só fui ao hospital por causa disso.
Como tantas vezes nossa assistência obstétrica é horrível, e como é triste ser da área da saúde e ter que aceitar esse tratamento, eu estava num hospital conhecido, pelo convênio, meu filho podia estar morto, eles não saberiam. E se eu falasse algo, questionasse a médica o tratamento seria pior. Quantas mulheres são enroladas com má assistência e aceitam, primeiro por serem leigas no assunto, segundo nunca receberam tratamento ideal para poderem se conscientizar do que merecemos. Por isso afirmo com total certeza, escolher um profissional humanizado faz total diferença, nada como alguém que te ouve, que explica o que está acontecendo e não lhe deixa com medo e preocupada, que sabe o que está fazendo, te passa segurança, afeto. Esse tipo de assistência não tem preço, vale a pena pagar qualquer valor. Nunca vou esquecer a única consulta que fiz com a Dra. Andrea Carrero, eu já gostava muito dela e de seu trabalho, depois de ter me dado a consulta totalmente gratuita eu passei a amar. Mal sabia ela que estava falindo, com o nome sujo, inúmeras dívidas, pagando indenizações e etc (se não fosse meu esposo, nem consigo imaginar o que seria de mim). Espero na próxima gestação eu poder contratá-la, para retribuir como ela merece.
Não fiquem imaginando que engravidar é a pior experiência do mundo, na verdade mesmo com tudo isso e mais um pouco que não detalhei, eu estava muito feliz, como afirmei anteriormente ser mãe era um sonho de infância, então eu ficava emocionada cada vez que eu tinha alguma experiência com ele, o bebê. Com 14 semanas eu auscultei pela primeira vez com o meu sonar, ouvir o coração traz um alívio tão grande, até o Thiago aprendeu a realizar ausculta, virou uma festa, mostrei para os avós, os tios, como uma criança une a família! Como traz tanta alegria! É um amor avassalador, indescritível!!!! Com 15 semanas e 6 dias eu senti pela primeira vez mexer, gente era um tremor na barriga, nunca me falaram isso, nem cliente, nem na faculdade, um TREMOR? Eu saí correndo e falei para meu marido, "amor senti um negócio estranho, acho que ele mexeu", gente ele tava tomando banho, mesmo que ele fizesse de novo não seria possível sentir com a água caindo... Fomos para a cama, eu deitei e o Thiago colocou o ouvido na minha barriga, esses dois possuem uma conexão incrível, o bebê mexeu de novo só pra ele sentir e confirmar, é tão linda a relação deles!!! Quanta felicidade!!! No mesmo período sonhei com um menino de aproximadamente 3 anos dizendo "meu nome é guerreiro Miguel", o primeiro palpite do Thiago era menina, até escolhemos o nome, eu não queria opinar, mas no fundo do meu ser algo me dizia, "será? acho que é um menino", após o sonho eu achava ainda mais, e guardava o palpite pra mim, tinha medo de errar (que bobeira). Na ultrassom de segundo trimestre, morfológica, rapidinho o médico disse, "é um menino", ficamos emocionados, arrisco dizer que o Thiago se esforçou pra não chorar, mas eu sempre tive a fama de chorona mesmo, caiu algumas lágrimas, eu fiquei tão feliz, eu ficaria igual se fosse menina, mas a sensação que dá é que quanto mais vai conhecendo o bebê, mais se sente verdade, parece até caça ao tesouro, e o presente é pegá-lo nos braços no final.
Bom planejávamos contar sobre a gravidez para a família depois do risco de aborto, mas não conseguimos, Houve um certo choque de início, mas sinceramente o bebê foi muito bem acolhido e aceito, passamos grande parte da vida em conflito com os nossos pais e irmãos, mas a verdade é inquestionável, nossa família é o berço de aprendizado, apoio e compreensão que buscamos, os conflitos acontecem pela dificuldade no diálogo, quando desenvolvemos traumas nos posicionamos de forma defensiva, sem notar que nossa família não é nossa inimiga.
E foi nesse período que nasceu uma necessidade imensa de me aproximar da minha mãe, de comer a comida dela, de vê-la, até de carinho. E eu sabia o que era isso, cura. Cura da nossa relação, do meu orgulho de filha. Ela por sua vez sempre buscou me ajudar, de fazer e comprar coisas pra mim, eu nunca aceitei bem isso, queria ser independente; mas nada como a necessidade para que possamos exercitar a humildade, minha mãe passou a ajudar nos afazeres de casa, a cozinhar, e comprar tudo o que sentia em seu coração e eu aprendi a receber com humildade e acolhimento. Ela e uma tia começaram a agitar um chá de bebê, digo um, porque por fim foram dois, e graças a eles meu filho teve a benção de ganhar praticamente tudo do enxoval, e isso foi maravilhoso devido ao momento que nos encontrávamos.
História vai, história vem e eu até agora não falei ainda sobre parto, na verdade eu agi exatamente assim, vivendo um dia de cada vez, o momento presente, mas a essa altura eu realmente precisava dar andamento ao nosso planejamento, não dá pra deixar em cima da hora. Bom, planejava um parto domiciliar e meu esposo super apoiou, é por isso e muitos outros motivos que amo ele; só que nós não tínhamos dinheiro, crédito e nem chance para pagar uma assistência humanizada tradicional, e mudar isso sendo autônoma, grávida, e meu esposo assumindo minhas dívidas se tornou impossível. Sabe, Deus conduz a nossa vida de forma muito sábia, a quase 2 anos criei um Projeto Chamado "Parto para Todos", que permitia a mulher propor o valor e a forma de pagamento que poderia se comprometer, foi exatamente esse projeto e a seleção das novas integrantes da equipe que possibilitou meu parto domiciliar. Iniciei o pré natal com elas além do pré natal que fazia pelo SUS e segui com a terapia com a Katia Daher, esse não era um plano perfeito, mas era o plano possível! Eu sempre me vi no lugar das mulheres que não podiam pagar por uma assistência diferenciada, vim da periferia de Guarulhos e mesmo antes não conseguiria dispor dos valores necessários. Pra mim a assistência só será completa quando toda mulher puder ter a escolha de parir com dignidade, sutileza e amor, e sinceramente acredito que fiz parte do Parto para Todos para que eu nunca esqueça e feche os olhos para as classes sociais menos favorecidas. Espero em toda a minha vida manter meu trabalho para todas as mulheres, sem agir com diferença, exercitando a flexibilidade, só assim a saúde obstétrica crescerá unanimemente em nosso país.
O PRIMEIRO TRIMESTRE
Gente isso é sério, a parte romântica da gravidez acontece em momentos únicos e isolados, fora isso o romantismo está exatamente na força, perseverança, dedicação em suportar o processo da gestação, porque é realmente amor incondicional sentir tantos desconfortos e não associar tudo isso ao bebê, ainda sim estar feliz por estar carregando aquele ser dentro de você.
Eu sei, nem toda mulher tem desconforto na gestação, algumas sentem somente uns, outras sentem outros, ou vontades, mas eu tinha que sentir pelo menos 99% deles, por que? Ahhhh, dizem que é a má sorte de ser da área da saúde, contudo acredito que é porque eu precisava vivenciar a maternidade detalhadamente, um presente do Universo para o meu aprimoramento profissional. Presentinho de grego esse! Brincadeira, foi fundamental para obter confirmações e melhorar mais minha linha de estudos obstétrica terapêutica.
Que falando superficialmente entende que: desconfortos em gestantes podem estar associados a energia feminina muito desequilibrada, processo mental muito forte, desconexão com o próprio corpo, desconexão com o bebê, desequilíbrio em um ou mais corpos. Parece loucura, mas em minhas práticas já acompanhei mães que com 30 semanas não sentia o bebê mexer. Tive também outras experiências e acompanhei processos de autocura de mulheres que decidem se transformar, até porque só se cura quem tem a coragem de viver e movimentar o que for necessário para acontecer. Agora ter alguns ou todos os desconfortos gestacionais demonstra no mínimo que essa mulher está num processo de limpeza e reequilíbrio para gerar essa nova vida mais saudável e mais harmônica possível, também faz parte do processo de evolução e amadurecimento desta nova mãe, independente do número de filhos, afinal todas nossas experiências são para nossa evolução e crescimento.
Pois então, no meu caso era claro que eu teria que viver o processo completo, todos os desconfortos e mais alguns. Eu tinha náusea, vômito, fraqueza, calafrio, cansaço, sono, parecia que estava com uma virose crônica, eu não conseguia fazer absolutamente NADA, quando minha mente pensava vou fazer isso, o corpo boicotava e se eu teimasse sintomas piores vinham. “E o que você fazia Beatriz?” Eu? Eu chorava, porque me sentia uma inútil de não conseguir lavar uma louça. Eu queria trabalhar, queria viver, curtir a gravidez, mas parecia um vegetal na cama, até pra tomar banho era difícil, água só de micro golinhos se não vinha a náusea, xixi constantemente achava que estava com infecção, de tanto que ia ao banheiro fazer 50ml com uma vontade que parecia de 01 litro. Comida, não tinha vontade de comer, fazer nem me fala, eu que sempre amei comer e cozinhar. E lembra daquela cólica, ela se tornou constante, eram uterinas de verdade, porque depois vinham cólicas intestinais mostrando a diferença entre ambas. Isso obviamente começou a gerar conflitos conjugais, ele não podia chegar perto de mim que a cólica começava, beijar era luxo, comecei a ter medo de perder o bebê.
Foi aí que percebi terapeuticamente que precisava de ajuda, eu sabia que precisava equilibrar minha energia feminina, mas não imaginava que era tanto, venho me trabalhando a anos. De qualquer forma nunca seria negligente, então procurei uma terapeuta que já passava com ela a 02 anos e que confio muito, a Katia Daher, expliquei tudo o que sentia e ela marcou um horário.
A avaliação dela durante seu atendimento se fez iquestionável com os fatos, as afirmações espirituais que ouvi prevendo a gravidez foram renegadas pelo meu racional que desencadeou inconscientemente sintomas abortivos e se não trabalhados poderiam levar a um processo de aborto real. Durante a sessão ela conduziu um processo terapêutico para transformar a recepções dessas mensagens em notícias agradáveis e os sintomas passaram instantaneamente, como tirados numa cirurgia. Pois é queridas irmãs, parece tudo muito louco, mas até meu marido reconhece o antes e depois da terapia, segundo ele até minha expressão no rosto, disposição e humor mudaram.
Minha profunda necessidade de repouso era meu espírito evitando estímulos que pudessem levar ao processo abortivo. Eu sempre fui muito ativa, as vezes 18 horas de trabalho diária, fora em dias de parto que dormir é luxo. Era o fim viver daquele jeito, e mesmo assim em prantos pedia perdão para o bebê porque sabia que era meu reequilibro acontecendo.Tive também profundas crises de choro, processos de limpeza de mágoas, raiva, tristeza, frustração e etc. Novamente a briga do espírito com a carne. Minha essência preservando a gestação e todo o restante a desintoxicação. Minha mente entrou em colapso com a noticia surreal da gravidez, seja por ser paranormal ou pelo cenário de instabilidade. Fora os acontecimentos, parece que a limpeza e reequilíbrio é no cenário e no círculo social também, passei por rompimento de sociedade, mudança de casa, decepções e muitas outras emoções, tudo processos de harmonização e crescimento.
Por isso, como gestante afirmo com propriedade, terapia não só faz diferença, ameniza os desconfortos, como pode revelar e até curar travas, questões que nem imaginam. Se antes eu apostava que o processo terapêutico ajuda a mulher em todo processo da maternidade imagina agora. Com toda a certeza toda a minha experiência trouxe um processo de maior empatia pelas gestantes, compaixão, empoderamento e autoconfiança profissional. A melhor dica que posso dar para as futuras mamães é: tem algo incomodando não ignore, procure algum profissional capacitado, desabafe, no mínimo falar já limpa um pouco. Siga as orientações dos profissionais, há sabedoria e estudo aos quais eles estão compartilhando com você. Eu segui tudo o que passo as minhas clientes, quando queixava algo ao meu marido ele dizia: "se fosse uma paciente sua o que você falaria para ela?", e concluía, "então confia"!
Por fim irmãs o caminho é pedir ajuda, apoio, permitir ser cuidada, não exigir perfeição nem muito de si mesma, nos unir, nos fortalecer e nos apoiar, a cura do feminino é o caminho para o reequilíbrio da humanidade.
CAPÍTULO PRÓLOGO
Olá, meu nome é Beatriz, sou obstetriz e terapeuta, diretora da ETAL e trabalho com o parto humanizado a mais de 03 anos. Desde o início da gestação planejava compartilhar a união da experiência com o conhecimento profissional, afinal a teoria, ou melhor, o conhecimento científico não descreve a parte mental, espiritual, emocional e energética da gestação, e como terapeuta me aprofundar nesse universo é fundamental para minhas práticas profissionais.
Porém a ideia permaneceu na mente até o momento, até porque o
objetivo principal era vivenciar a maternidade profundamente, entrega e
plenitude, logo somente agora no terceiro trimestre inicio minhas postagens.
No documentário "O começo da vida" é dito que para um bebê ser
gerado existe um querer prévio dos pais, mesmo que inconsciente, e é essa
energia que cria o processo da criação da vida. Então cerca de 15 dias antes
da fecundação eu ouvi uma voz dentro da minha cabeça: "Você vai ficar
grávida." Nessa hora senti uma cólica muito forte, vontade de fazer o número 2, corri para o banheiro e as sensações foi passando devagar. Sério! Por mais que acredite no oculto, na espiritualidade e etc., até para mim, Bia brisa, foi totalmente surreal.
Entrei num processo de negação racional, até porque passei quase vinte
dias trabalhando em outro estado distante do meu companheiro. Quando o
encontrei ele dizia que eu estava grávida e que havia sonhado duas vezes com
o bebê, e eu: "não, é impossível, levando em consideração a ovulação, período fértil, isso, aquilo....
Nota-se aí um querer do meu espírito, já consciente da maternidade que
estava por vir e do pai, logo não deu outra... Foi exatamente no dia em que
meu companheiro afirmou incansavelmente que eu estava grávida que acredito
ter engravidado, pelo menos é o que diz meu primeiro ultrassom. Como minha
primeira menstruação atrasou, seja por influência dos nossos planejamentos
caso eu estivesse grávida, ou da minha gestação de 03 dias, compramos um
teste, e para a nossa surpresa e a de vocês também caros leitores...
NEGATIVO.
Acreditem ou não ficamos tristes, já estávamos planejando até o nome,
claro que antes minha mente resistente teve que aceitar, ou isolar seu conflito nesse momento, sem planejamento, estrutura e suposta perfeição. Dois dias depois eu tive um sangramento que durou 02 dias, bem diferente da minha
menstruação comum, tempo, aspecto, aí acabamos acreditando no resultado
do teste e descartando o falso negativo.
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